FONTE: FIEPE

Diretores executivos da FIEPE receberam, na tarde desta quarta-feira (11/8), o superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, Pedro Ermirio, para discutir soluções que atendam a real necessidade de indústria, principalmente das micro e das empresas de pequeno porte. Na oportunidade, o presidente, Ricardo Essinger, reforçou que a região precisa de um tratamento diferenciado do BNB. “Esse é o propósito do BNB, fazer com que o Nordeste tenha melhores condições de financiamentos por meio de opções mais competitivas, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), criado justamente para isso”, afirmou.

Além da apresentação dos resultados do banco, que apontou aumento no volume de créditos para as indústrias de menor porte, o encontro serviu para discutir acesso a crédito; prazos de carência; taxa de juros; garantias; além de explanar sobre a aplicação da Lei 14.179 / 2021, que dispensa instituições financeiras públicas e privadas de observar determinadas certidões no processo de contratação e renegociação de operações de financiamento.

O diretor financeiro da FIEPE, Felipe Coêlho, destacou que o BNB não tem conseguido atender a maior parte das indústrias pernambucanas, seja por taxa ou por exigência de contrapartidas. “Na maioria das vezes, o crédito segue para grandes empresas. Quem mais precisa não tem conseguido alcançar esse recurso”, destacou.

Além da falta de acesso ao crédito, as elevadas taxas e variações praticadas pelo banco foi outro ponto levantado pelo 2º diretor Financeiro, Hugo Gonçalves. “O banco que deveria trazer propostas diferenciadas para o Nordeste está cobrando taxas mais altas que instituições financeiras privadas, como aconteceu recentemente com minha empresa”, completou.

O superintendente do BNB reconheceu que a política de juros estabelecida pela entidade financeira, indexada pelo IPCA, torna alguns dos seus produtos menos competitivos. “Mas a indústria tem aqui um aliado para lutar para que esse recurso do FNE não perca sua identidade, que é trazer melhores condições para o Nordeste”, assegurou.

Por sugestão do diretor Administrativo, Bruno Veloso, a equipe técnica da Federação se reunirá com o jurídico do BNB para alinhamento da aplicação da Lei n° 14.179/2021, no que tange o art. 195, § 3º, da Constituição Federal de 1988, que deve continuar sendo observado pela instituição financeira.

Além da apresentação, que pode ser conferida abaixo, a equipe do banco disponibilizou ainda os contatos diretos da equipe de negócios no estado de Pernambuco (abaixo).

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