Levantamento aponta também que 68% das empresas brasileiras com iniciativas circulares acreditam que medidas reduzem GEE. Resultados serão apresentados, nesta terça-feira (15), no Rio de Janeiro

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), produzida neste ano junto à base industrial, revelou que 85% das indústrias no Brasil desenvolvem pelo menos uma prática de economia circular – sistema em que o modo de produção é redesenhado para permitir um fluxo circular dos recursos, minimizar os resíduos e contribuir para o desenvolvimento sustentável. 

Os resultados serão apresentados, nesta terça-feira (15), na Casa Firjan, no Rio de Janeiro, em evento com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).


“A transição para a economia circular não é apenas uma aspiração, mas uma realidade em constante evolução na indústria, que tem demonstrado um compromisso crescente com a adoção de práticas circulares”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.


A pesquisa ouviu 253 indústrias de transformação e construção entre 17 de maio e 30 de julho de 2024. Ao implementar práticas circulares, 68% dos empresários afirmaram que as medidas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o combate às mudanças climáticas.

Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do Observatório do Clima, o setor de resíduos foi responsável por 4% (91,3 milhões de toneladas) das emissões de CO2 no Brasil, em 2022.

Para o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, as práticas contribuem para uma transição para a economia de baixo carbono. “É menos emissão de gases de efeito estufa, menor extração de novos recursos, melhor uso de energia. Então, as empresas reduzem a pegada de carbono da atividade industrial e evitam agravar outras questões, como a redução da vida útil dos aterros”, avalia Muniz.

Considerando o comprometimento da indústria no desenvolvimento da economia circular, a pesquisa mapeou as práticas mais avançadas. Para isso, as empresas indicaram as medidas que vêm adotando. Destaque para:

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“A indústria é um ator-chave na transição para uma economia circular e pode contribuir ainda mais. Temos promovido uma gestão mais eficiente dos recursos e a valorização dos produtos desde a criação até o fim do ciclo de vida”, aponta o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo. 

Chamada pública 

CNI e FIESP abriram uma chamada pública para selecionar boas práticas da indústria em economia circular. Podem participar as indústrias da América Latina e Caribe, e as escolhidas serão divulgadas pelas instituições no Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF2025), o maior evento anual sobre o tema que ocorrerá pela primeira vez na América Latina, nos dias 13 e 14 de maio de 2025, em São Paulo. As inscrições vão até 31 de outubro. 

Rota da Maturidade 

A CNI desenvolveu uma ferramenta gratuita, chamada Rota de Maturidade, que permite que as empresas façam uma autoavaliação e recebam um diagnóstico sobre o grau de adoção de práticas de economia circular. A partir desse relatório, a ferramenta apresenta recomendações, com sugestões de práticas que podem ser implementadas para alavancar a sustentabilidade da organização.
 

Editoria:
• Sustentabilidade

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Por: Letícia Carvalho

Foto: Claraboia Filmes
Da Agência de Notícias da Indústria

Categorias: SINDILIMPE

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