Por:Rosana Hessel – Correio Braziliense / FONTE DP

 (Foto: Jonathan de Sousa Melo/Divulgação)
Foto: Jonathan de Sousa Melo/Divulgação

A indústria brasileira continua perdendo competitividade e o país recuou no ranking global, em 2021, tanto na produção quanto nas exportações, conforme dados do estudo Desempenho da Indústria no Mundo, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O setor industrial brasileiro viu sua participação na produção mundial cair de 1,31%, em 2020, para 1,28%, em 2021, segundo dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido). Com isso, o Brasil foi ultrapassado pela Turquia e caiu para a 15ª posição.

Com relação às exportações mundiais de bens da indústria de transformação, a participação do Brasil cresceu de 0,77%, em 2020, para 0,81%, em 2021, segundo estimativa da CNI. Ainda assim, o Brasil perdeu uma posição no ranking, caindo do 30º para o 31º lugar, sendo ultrapassado pela Indonésia.

O estudo da CNI analisou os 11 principais parceiros comerciais do país: Alemanha, Argentina, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Itália, Japão, México, Países Baixos e Reino Unido. Entre eles, a China registrou o melhor desempenho na produção e na exportação de bens industriais.

De acordo com o estudo, as exportações mundiais caíram 5,3% em 2020, e a estimativa da CNI indica um aumento de 20,4% em 2021. No Brasil, a queda nas exportações em 2020 representa mais que o dobro da média mundial (12,6%) e, para 2021, a estimativa é de um crescimento de 26,3%, acima da média global. Considerando o desempenho brasileiro e de seus 11 principais parceiros comerciais, além do Brasil, a China, a Argentina e os Países Baixos devem registrar tímido aumento nas respectivas participações — ao contrário de todos os demais países, que devem ter queda.

Na produção, depois da China, merece destaque o desempenho dos Estados Unidos em 2021. Ambos os países continuam na primeira e na segunda posições, respectivamente, no ranking das maiores produções da indústria de transformação.

“Precisamos de uma estratégia nacional de comércio exterior, que enderece os velhos desafios de competitividade, como a burocracia e os resíduos tributários nas exportações e, ao mesmo tempo, amplie e aprimore nossas redes de acordos comerciais para evitar dupla tributação com parceiros estratégicos”, comentou a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.

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