Por:Danielle Santana
Por:Diario de Pernambuco

FONTE: DP

Segmento também é responsável pela geração de diversas vagas de emprego (Divulgação/Novo Atacarejo)
Segmento também é responsável pela geração de diversas vagas de emprego (Divulgação/Novo Atacarejo)

A alta constante dos preços de itens que compõem a cesta básica vem transformando a rotina de compras dos brasileiros. Apesar do registro recente de deflação, com queda de 0,68% em julho no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o grupo de alimentos e bebidas segue em alta no país. Por isso, alguns consumidores passaram a optar pelo segmento de atacarejo, que promove a venda em maior quantidade e com menores preços para pessoas físicas.

Com a busca por uma possível economia em alta, o segmento se mantém aquecido. De acordo com um estudo realizado pela consultoria McKinsey & Company, o setor de atacarejo acumula alta de 10% nas receitas desde 2020, contra quedas de 6% nos supermercados e 20% nos hipermercados. Neste ano, a expectativa é que o setor de atacarejo registre avanço de 15% no Brasil. Os números podem ser explicados por outra parte do levantamento que apontou que 70% dos consumidores estão em busca de formas de economizar, com 40% deles abertos a alternativas mais econômicas. 

Segundo uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as lojas no modelo atacarejo já detém 44% de participação em valor nos negócios. No Nordeste, o negócio cresceu 300% em comparação com o ano passado. Atualmente, a região conta com mais de 291 lojas. 

De olho nesse mercado, algumas empresas vêm investindo no setor. Em expansão no Nordeste, o Assaí Atacadista gerou mais de 12 mil novos empregos na região nos últimos dois anos. Em Pernambuco, mais de 2.400 vagas foram criadas entre 2020 e 2021. A empresa, que atende consumidores em geral e pequenos e médios comerciantes, somou um crescimento de 15,8% em receita bruta no último ano. Além disso, o Assaí iniciou o processo de conversão de dois pontos comerciais do Extra Hiper em Pernambuco, o que deverá gerar 500 novos empregos em cada loja, além de outros 350 na etapa de construção civil.

Já o Atacadão, que possui unidades em diversos locais do estado, atualmente gera cerca de 7.500 empregos diretos e indiretos em Pernambuco. No primeiro semestre deste ano, a rede registrou um crescimento orgânico com oito inaugurações em cinco estados, gerando 3.000 empregos. 

“Sempre estivemos ao lado dos brasileiros com a missão de proporcionar o acesso à alimentação básica e de qualidade, oferecendo sortimento, preços competitivos, gerando oportunidades de emprego e também contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estamos presentes”, afirmou o Marco Oliveira, CEO do Atacadão.

Outro exemplo é a rede pernambucana Novo Atacarejo, que inaugurou 13 unidades nos últimos três anos. Nesta quinta-feira (25), outra loja será aberta no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. De acordo com a empresa, a unidade deverá gerar cerca de 300 empregos diretos. Já na fase de construção, foram geradas 150 vagas. 

Para a gerente de Marketing do Novo Atacarejo, Jessica Almeida, os descontos nos itens oferecidos pelos atacarejos beneficiam estabelecimentos como bares e restaurantes, além de pessoas físicas.“Todo mundo está querendo economizar. Nós também reduzimos nossos custos e o desafio é oferecer produtos de qualidade, com preços mais baixos, e buscar fornecedores locais para valorizar os produtos made in Pernambuco”, explicou. 

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